DST não é mais incomum em relacionamento monogâmico, diz estudo
Jairo Bouer
30/10/2015 16h13
O trabalho, publicado no The Journal of Sexual Health e divulgado no jornal britânico Independent, contou com 556 homens e mulheres com mais de 18 anos e parceiro estável. Desse total , 351 estavam em um relacionamento monogâmico e o restante, em um relacionamento consensualmente não monogâmico, ou "aberto".
Os participantes foram entrevistados sobre a quantidade de parceiros sexuais, o uso de camisinha e com que frequência costumavam passar por testes de Aids e outras DSTs. Segundo os pesquisadores, da Ball State University, nos Estados Unidos, o número de casos fora da relação principal, bem como o número de diagnósticos de DST encontrados foram praticamente os mesmos nos dois tipos de relacionamento.
A pesquisa também mostrou que um quarto dos indivíduos em relacionamento monogâmico admitiu trair o parceiro ou a parceira. Por outro lado, aqueles em um relacionamento aberto foram mais propensos a usar camisinha e fazer mais testes de DST. Ou seja: fazer um pacto de fidelidade nem sempre é garantia de proteção contra essas doenças.
Sobre o autor
Jairo Bouer é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em biologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fez residência em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. Nos últimos 25 anos tem trabalhado com divulgação científica e comunicação em saúde, sexualidade e comportamento nos principais veículos de mídia impressa, digital, rádios e TVs de todo o país.
Sobre o blog
Neste espaço, Jairo Bouer publica informações atualizadas e opiniões sobre biologia, saúde, sexualidade e comportamento.