Conexão com pessoas explica poder reconfortante de alimentos, diz estudo
Jairo Bouer
27/03/2015 19h25
Os resultados, levantados por uma equipe da Universidade de Buffalo, mostram como fatores sociais interferem em nossas preferências e comportamentos alimentares.
De acordo com Shira Gabriel, professora associada de psicologia da universidade e autora do estudo, os "alimentos de conforto" quase sempre são aqueles que foram preparados por nossos cuidadores, quando éramos crianças. A associação positiva leva a buscar esse tipo de comida quando enfrentamos rejeição ou isolamento.
Vários trabalhos já tinham mostrado que determinados alimentos são capazes de reduzir sensações negativas. Mas a pesquisa atual, publicada na revista Appetite, sugere a que a associação com outras pessoas é o que faz a comida ser mais ou menos especial, e não seus ingredientes ou calorias.
A pesquisadora percebeu, com o estudo, que para muita gente os alimentos de conforto são itens saudáveis, e não necessariamente cheios de gordura e açúcar. Para ela, ingerir essas iguarias em momentos de crise pode funcionar até como remédio, o que é positivo. Mas, em alguns casos, pode destruir dietas.
Sobre o autor
Jairo Bouer é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em biologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fez residência em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. Nos últimos 25 anos tem trabalhado com divulgação científica e comunicação em saúde, sexualidade e comportamento nos principais veículos de mídia impressa, digital, rádios e TVs de todo o país.
Sobre o blog
Neste espaço, Jairo Bouer publica informações atualizadas e opiniões sobre biologia, saúde, sexualidade e comportamento.