Maioria das testemunhas de cyberbullying não age na hora, mostra estudo
Jairo Bouer
24/02/2015 16h25
A pesquisa foi feita com 221 estudantes universitários que participaram de uma sala de bate-papo on-line sem saber que o autor do bullying e a vítima atuavam para o experimento. Eles julgavam estar respondendo pesquisas sobre personalidade, e tinham um monitor à disposição para prestar assistência.
Embora poucos tenham tomado alguma atitude, como impedir o autor de continuar com a agressão ou socorrer o jovem humilhado, cerca de 70% dos estudantes que perceberam a situação tentaram comunicar o fato a alguém depois que o bate-papo foi encerrado.
O resultado não chegou a surpreender a principal autora do estudo, Kelly Dillon, da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, que foi orientada pelo professor de psicologia Brad Bushman. Segundo ela, os jovens em geral evitam confrontos diretos com os "valentões" da escola.
Um artigo sobre o experimento foi publicado na revista Computers in Human Behavior.
Sobre o autor
Jairo Bouer é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em biologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fez residência em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. Nos últimos 25 anos tem trabalhado com divulgação científica e comunicação em saúde, sexualidade e comportamento nos principais veículos de mídia impressa, digital, rádios e TVs de todo o país.
Sobre o blog
Neste espaço, Jairo Bouer publica informações atualizadas e opiniões sobre biologia, saúde, sexualidade e comportamento.