Cientistas desenvolvem chip contraceptivo que dura até 16 anos
Jairo Bouer
02/01/2015 15h23
Os implantes que existem hoje no mercado duram no máximo cinco anos. Além disso, precisam ser trocados com um procedimento que muitas vezes é doloroso. Já o chip em desenvolvimento, além durar mais, pode ser ligado e desligado por um controle remoto.
Um dos cientistas envolvidos na novidade é Robert Langer, do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Feito com titânio e ultrafino, o chip pode ser adaptado para liberar outros medicamentos e já foi testado em pacientes com osteoporose, segundo reportagem publicada no jornal britânico Daily Mail.
O hormônio utilizado nos estudos é o levonorgestrel, bastante utilizado em pílulas anticoncepcionais. A fabricante de microchips que abraçou a causa espera que o novo contraceptivo chegue ao mercado em 2018.
Novos métodos para evitar a gravidez indesejada são sempre bem-vindos, ainda mais quando se leva em conta que algumas mulheres esquecem de tomar a pílula todos os dias.
Mas é sempre bom lembrar que, assim como os implantes existentes hoje, é preciso ter certeza de que a paciente reage bem à substância, já que se trata de um método duradouro e que exige um procedimento para ser retirado. Quando uma mulher não se adapta à pílula, por exemplo, basta interromper o uso.
Sobre o autor
Jairo Bouer é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em biologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fez residência em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. Nos últimos 25 anos tem trabalhado com divulgação científica e comunicação em saúde, sexualidade e comportamento nos principais veículos de mídia impressa, digital, rádios e TVs de todo o país.
Sobre o blog
Neste espaço, Jairo Bouer publica informações atualizadas e opiniões sobre biologia, saúde, sexualidade e comportamento.