Álcool e drogas atrapalham adesão ao tratamento de transtornos alimentares
A adolescência é um período complicado, em que o corpo sofre várias mudanças, e as pressões para emagrecer não ajudam ninguém, ainda mais quem já tem algum tipo de vulnerabilidade. Tudo isso junto pode levar os jovens a desenvolver transtornos alimentares graves como a anorexia ou bulimia. E quem sofre com um um desses transtornos pode ter maior risco de abusar de substâncias como álcool, cigarro ou anfetaminas.
Para piorar tudo, o uso de álcool e drogas pode atrapalhar a adesão dos jovens ao tratamento para controle dos transtornos alimentares, como sugere um estudo publicado no International Journal of Eating Disorders. A conclusão foi obtida após pesquisadores da Queen`s University, no Canadá, terem acompanhado 200 adolescentes tratados no ambulatório de um hospital na província de Ontário. A maioria era do sexo feminino.
A equipe observou uma forte associação entre o uso de álcool e drogas e o diagnóstico de bulimia ou anorexia nervosa. Além disso, percebeu que os jovens em tratamento para transtornos alimentares que usavam as substâncias eram mais propensos a ter comportamentos de automutilação, como se cortar, além da tendência maior a abandonar o tratamento antes da hora.
Apesar disso, usuários e não usuários apresentaram características em comum, como a mesma gravidade, os mesmos problemas de saúde decorrentes dos transtornos alimentares (como alterações nos batimentos cardíacos e ausência de menstruação), e também níveis parecidos de ansiedade e depressão, transtornos que costumam acompanhar quem sofre de bulimia ou anorexia.
Com o passar do tempo, atitudes como restringir demais a alimentação, provocar vômitos e tomar laxantes podem ter consequências graves à saúde. Quanto maior a demora para buscar tratamento e obter controle sobre esses comportamentos, mais difícil é a recuperação. Por isso, é importante que a família e os amigos ajudem quem sofre desses transtornos a ir atrás de um psiquiatra, e, principalmente, a se manter firme na terapia.
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