Estudo associa bullying na escola a problemas mentais e desemprego
Você já deve saber que o bullying pode deixar marcas na vida de uma criança ou adolescente. Mas um estudo que acaba de ser divulgado na Inglaterra reforça a ideia de que os prejuízos vão muito além da vida escolar. Vítimas de intimidações não apenas são mais propensos a ter problemas de saúde mental, como também podem ter dificuldade para conseguir emprego quando adultos.
As conclusões são de pesquisadores das universidades de Lancaster, no Reino Unido, de Wollongong e de Sydney, na Austrália. Os dados foram apresentados na conferência anual da Sociedade Real de Economia, na Universidade de Warwick. Achou estranho? É que o bullying gera custos para o país.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 7.000 alunos britânicos de 14 a 16 anos, acompanhados por mais de uma década. Além dos próprios jovens, seus pais também foram ouvidos. Cerca de metade dos estudantes relatou ter experimentado algum tipo de bullying na escola.
A equipe descobriu que ter sofrido intimidação na adolescência aumentou a extensão de problemas de saúde mental em 40% dez anos depois. Também aumentou a probabilidade de o jovem estar desempregado em cerca de 35%, e de ter um salário menor que o da média em cerca de 2%. Aqueles que sofreram intimidações de forma persistente ou violenta foram os que tiveram as piores consequências na vida adulta.
Muitos estudos já tinham mostrado que o bullying tem impacto no desempenho acadêmico dos alunos. Mas essa análise vai além e mostra os prejuízos mais tarde, quando esses jovens já estão no mercado de trabalho.
Os resultados, segundo os autores, justificam a necessidade de iniciativas para combater o bullying nas escolas, ou pelo menos as formas mais graves de intimidação, como exclusão, ameaças, xingamentos e violência. Não dá mais para aceitar que pais ou escolas encarem o problema como algo pontual, que diz respeito apenas ao agressor e à vítima. O bullying traz consequências para toda a sociedade, e deve ser combatido por todos.
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