Estudo compara vício a redes sociais e álcool; veja algumas diferenças
Será que o uso compulsivo de mídias sociais pode ter relação com outros tipos de dependência, como o vício por jogos de azar ou até por substâncias? Pesquisadores australianos encontraram certas semelhanças e também diferenças ao comparar quem não consegue sair de redes como Facebook ou Instagram e o uso problemático de álcool.
O trabalho, publicado na Revista Australiana de Psicologia, contou com 143 homens e mulheres de 18 a 35 anos, usuários frequentes de mídias sociais. Eles passaram por testes para avaliar fatores de risco como sensibilidade a recompensa, narcisismo, impulsividade, uso de substâncias e a incapacidade de identificar e descrever sentimentos próprios ou dos outros, uma característica que tem nome esquisito: alexitimia.
A análise mostrou que o narcisismo e a impulsividade foram fatores capazes de prever uma tendência à compulsão por álcool e também por mídias sociais. A sensibilidade à recompensa também foi muito associada ao uso das redes, enquanto a incapacidade de identificar sentimentos foi mais ligada ao uso abusivo de bebida.
Esse tipo de estudo é importante porque pode ajudar os especialistas a delinear tratamentos mais eficazes para as dependências. Tudo leva a crer que o narcisismo é um fator importante para quem é viciado em mídias sociais. Mas pesquisadores têm questionado até que ponto a sociedade ocidental não tem estimulado esse tipo de personalidade (e até premiado, de certa forma).
Polêmicas à parte, o senso exagerado de superioridade é considerado patológico quando se torna irreal, chegando a prejudicar a pessoa ou quem convive com ela. Isso pode até passar batido nos casos mais leves, mas pode levar a grande sofrimento.
Estudos recentes têm indicado que as redes sociais estimulam o narcisismo até em muita gente que não tinha essa tendência, por isso é bom manter o senso crítico. Se você acha que não consegue mais se controlar, procure ajuda.
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