Jovens britânicos são mais propensos a hackear do que fazer sexo
O que adolescentes rebeldes costumam fazer? Você deve ter pensado em bebida, fumo, drogas, sexo, ou vandalismo, o que faz sentido. Mas um estudo feito no Reino Unido mostra que as coisas estão mudando por causa da tecnologia. Lá, o índice de gravidez na adolescência diminuiu bastante nos últimos anos, bem como o uso do cigarro (o que também pode ser visto no Brasil). Em compensação, um em cada 20 jovens de 14 anos admitiu ter hackeado um computador no ano anterior à pesquisa. E quase 1% contou ter espalhado um vírus pela internet.
As conclusões, dos pesquisadores da Universidade College London (UCL), foram obtidas após a análise do Millenium Cohort Study, um grande levantamento que envolve 11 mil jovens acompanhados da infância à adolescência.
A proporção de crimes cibernéticos, por incrível que pareça, superou os 2% de garotos e garotas que afirmaram ter tido relações sexuais no ano anterior à pesquisa, e os 3% que se descreveram como fumantes.
Hackear um computador foi mais comum que praticar furtos em lojas (4% admitiram ter feito isso ao menos uma vez), grafitar muros sem permissão (citado por quase 3%) ou se envolver em vandalismo (4%). Cerca de 2% disseram fazer parte de alguma gangue e 1% confessou ter roubado algo de outra pessoa.
Uma reportagem sobre o tema no site britânico The Telegraph mostra que os resultados coincidem com um relatório divulgado no ano passado pela Unidade Nacional de Crimes Cibernéticos, segundo o qual dois terços dos hackers começaram a atuar antes dos 16 anos de idade.
A pesquisa da UCL também indica que os garotos são mais propensos a se envolver nesse tipo de crime: 6% deles, contra 4% das garotas.
O uso de álcool, contudo, continua preocupante entre os adolescentes britânicos. Cerca de metade começou a beber antes dos 14 anos, e mais de 10% confessou ter ingerido mais de quatro ou cinco doses de álcool numa só ocasião, o que a gente chama de beber pesado.
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