Bairro pode elevar ou reduzir risco de sintomas psicóticos em crianças
Bairros em que há pouca coesão social e maiores taxas de criminalidade podem aumentar o risco de sintomas psicóticos em crianças, sugere estudo conduzido por pesquisadores britânicos e norte-americanos.
Pesquisas anteriores já tinham apontado uma incidência maior desse tipo de sintoma em crianças que vivem em áreas urbanas, como ouvir vozes, ter alucinações ou acreditar que os outros podem ler sua mente, algo que pode evoluir para a esquizofrenia na adolescência.
A equipe, da Universidade de Duke e do King`s College London, decidiu analisar se o ambiente em que a criança vive pode mesmo interferir no quadro, ou se seria apenas uma coincidência, já que a maior parte da população mundial hoje vive em cidades.
O estudo acompanhou 2.232 gêmeos britânicos do nascimento até os 12 anos, e avaliou os bairros onde as famílias residiam. Fatores como histórico de transtorno mental na família foram isolados.
Os pesquisadores constataram que os moradores de áreas urbanas eram quase duas vezes mais propensos a experimentar sintomas psicóticos. E as manifestações foram mais comuns naquelas que viviam em bairros com índices mais altos de vandalismo, crimes e brigas.
Segundo os autores, bairros com alto grau de coesão, ou seja, com vizinhos que se relacionam e se ajudam, foram menos associados ao risco. Assim, eles concluem que incentivar ações desse tipo seria uma forma de proteger a saúde mental das crianças sem a necessidade de grandes investimentos. As comunidades mais coesas do estudo, aliás, também eram as mais pobres, de acordo com os pesquisadores.
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