Estudo associa estresse à persistência do HPV nas mulheres
Um estudo mostra que o estresse e a depressão podem desempenhar um papel importante na capacidade de uma jovem com HPV se livrar da infecção. Quando o papilomavírus humano permanece no corpo por muitos anos, a mulher tem mais chances de desenvolver câncer cervical.
A pesquisa, feita por uma equipe da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, foi apresentada em um evento das Sociedades Acadêmicas de Pediatria, e ainda não foi publicada.
A equipe acompanhou um grupo de 333 mulheres, que tinham, em média, 19 anos, no início do estudo. Elas passaram por avaliações médicas e laboratoriais a cada seis meses, para checar como estava a infecção pelo HPV.
Depois de 10 anos, quando as pacientes tinham cerca de 28 anos, elas foram avaliadas, também, em relação aos níveis de estresse e depressão. Aquelas que relataram mais sintomas dessas condições foram justamente as que mais apresentaram um quadro de persistência do vírus. Essas mulheres também eram mais propensas a usar bebida, cigarro ou drogas para obter alívio dos sintomas depressivos.
Estudos anteriores já mostraram que o estresse pode levar a um número maior de surtos de herpes em pessoas infectadas com esse vírus, além de resultados mais modestos no tratamento do câncer. A teoria é que a condição estaria ligada a uma resposta menos eficiente do sistema imunológico.
Para os autores, mulheres com HPV deveriam ser avisadas de que hábitos como o uso de álcool, drogas e tabaco pode prejudicar sua capacidade de vencer a infecção. Apesar de esse vírus ser extremamente frequente na população, alguns casos podem evoluir e se transformar em câncer com o tempo. Por último, vale lembrar que os tipos de HPV mais associados à doença e às verrugas genitais podem ser evitados com a vacinação.
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