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Jairo Bouer

Estudo revela por que apertamos aos mãos ao cumprimentar as pessoas

Jairo Bouer

03/03/2015 20h01

aperto300Um estudo revela que o aperto de mãos não existe por acaso. Ele tornou-se uma forma comum de cumprimento por que trouxe um benefício para os seres humanos: transmitir moléculas que depois serão cheiradas e poderão passar informações sobre a outra pessoa.

A conclusão, de pesquisadores do Instituto Weizmann de Israel,  foi publicada na revista eLife.

A equipe fez um experimento com 280 pessoas que tinham ou não o costume de apertar as mãos dos outros ao cumprimentá-los.  Elas foram filmadas e observadas por bastante tempo.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas costumam cheirar suas próprias mãos com frequência, ou, precisamente, levam os dedos ao rosto cerca de 22% do tempo. Para provar que elas cheiram, mesmo, foram colocados cateteres no nariz dos participantes.

Eles também notaram que quem pratica o aperto de mãos faz isso com frequência bem maior, especialmente com a mão direita. Só que esse aumento só é significativo quando a pessoa cumprimenta outra do mesmo sexo.

Para o professor Noam Sobel, titular de neurobiologia do instituto, o experimento mostra que apertar as mãos é uma forma educada de pesquisar sinais químicos. Ou, em outras palavras, é pra cheirar melhor…

Sobre o autor

Jairo Bouer é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em biologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fez residência em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. Nos últimos 25 anos tem trabalhado com divulgação científica e comunicação em saúde, sexualidade e comportamento nos principais veículos de mídia impressa, digital, rádios e TVs de todo o país.

Sobre o blog

Neste espaço, Jairo Bouer publica informações atualizadas e opiniões sobre biologia, saúde, sexualidade e comportamento.