Cientistas sugerem uso de comprimidos para ajustar o relógio biológico
Equipamentos eletrônicos, viagens internacionais e pessoas que trabalham de madrugada têm aumentado a preocupação dos cientistas com nosso relógio biológico. É que alterações constantes no ritmo natural do corpo podem levar a doenças como diabetes, obesidade, problemas cardiovasculares e até alguns tipos de câncer.
Um estudo que acaba de ser publicado aponta um novo caminho que, em breve, pode ajudar a ajustar os ponteiros. Pesquisadores do Instituto Universitário de Saúde Mental Douglas e da Universidade McGill, no Canadá, sugerem que isso pode ser feito com comprimidos de glucocorticoides – substâncias que nosso corpo secreta naturalmente.
Eles fizeram um teste com 16 voluntários saudáveis, avaliados em câmaras de isolamento temporal. A equipe diz que teve bons resultados com a administração dos comprimidos para sincronizar os relógios biológicos periféricos, localizados nas células brancas do sangue. Os resultados foram publicados na revista da Federação Americana das Sociedades de Biologia Experimental.
Os autores esclarecem que ainda é preciso entender melhor os mecanismos pelos quais os relógios biológicos periféricos se adaptam ao trabalho noturno. Mas os pesquisadores acreditam que eles dependem essencialmente do relógio central. Genes que ativam o ciclo circadiano estariam em todos os nossos órgãos e os glicocorticoides (como o cortisol, por exemplo) seriam os mensageiros.
Estudos anteriores já mostraram que a exposição à luz ajuda trabalhadores noturnos a sincronizar seu relógio biológico. Mas o uso incorreto pode até agravar a situação, segundo os pesquisadores. Por isso é interessante pensar em terapias alternativas.
O uso de glicocorticoides em comprimidos ainda precisa ser bem estudado em seres humanos, mas a equipe acredita que a abordagem possa vir a ser usada em conjunto com outras para auxiliar as pessoas que não têm como trabalhar de dia, ou que viajam constantemente para países distantes.
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