Estresse é contagioso, dizem pesquisadores
Assim como sofremos os efeitos negativos do tabaco só por estarmos ao lado de alguém com o cigarro aceso, conviver com gente estressada também pode trazer prejuízos. É o que mostra um experimento feito por psicólogos da Universidade de Saint Louis, nos EUA. De acordo com eles, o estresse pode ser contagioso em certas situações.
Para testar a hipótese, os pesquisadores selecionaram um grupo de pessoas que não se conheciam e pediram aos integrantes que falassem em público ou resolvessem um desafio de matemática mentalmente enquanto os outros observavam.
Eles, então, mediram os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, na saliva de quem se apresentava e dos observadores. O resultado foi intrigante: o estresse de quem assistia era proporcional ao de quem falava ou resolvia o desafio na frente dos outros. Mesmo quando a pessoa era do sexo oposto.
Em reportagem à ABC News, os autores do estudo explicaram que é possível "captar" o estresse de alguém pelo tom de voz, pelas expressões faciais, pela postura e até mesmo pelo cheiro. E, ao sentir a tensão do outro, as pessoas acabam se sentindo desconfortáveis também. Até o coração bate mais rápido.
Se a reação é ruim quando não conhecemos quem está nervoso, ela pode ser quatro vezes pior se a pessoa estressada for conhecida. Se for a mãe, então, nem se fale – como comprovou um teste parecido, feito por uma equipe da Universidade da Califórnia, em San Francisco, com mulheres e seus bebês.
Eles colocaram sensores para medir a frequência cardíaca das mães enquanto elas falavam de improviso para um público que fazia caretas e expressões de reprovação. Assim que terminavam, elas iam ficar com os filhos, que brincavam tranquilamente numa sala ao lado. Assim que o encontro ocorria, os bebês passavam a ficar com a frequência cardíaca elevada assim como a de suas mães.
Experimentos como esses mostram que as pessoas ao nosso redor podem nos influenciar bastante. E que nós também podemos prejudicar os outros com o nosso estado de espírito. Vale a pena prestar atenção nisso, já que o estresse crônico é fator de risco para depressão e doenças cardiovasculares.
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