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Jairo Bouer

Estudo desfaz alguns mitos comuns sobre os fofoqueiros

Jairo Bouer

06/05/2019 21h07

Crédito: Fotolia

Você acha que as mulheres são mais propensas a falar mal dos outros? Pois é bom rever seus conceitos. Pesquisadores descobriram que os homens ganham quando o comentário sobre outra pessoa é negativo.

Um estudo conduzido por pesquisadores do departamento de psicologia da Universidade da Califórnia, nos EUA, não apenas ajuda a desfazer alguns mitos comuns sobre esse tema, como ainda revela quanto tempo as pessoas gastam, em média, falando sobre alguém que não está por perto – nada menos que 52 minutos por dia, em média. Isso mesmo: quase uma hora!

Antes que você sinta alguma culpa ou indignação, é importante esclarecer outro mito comum: fofocar não é feio. Pelo menos não para os pesquisadores. Segundo eles, é absolutamente normal falar de alguém que não está na sua frente.

O trabalho contou com 467 pessoas (sendo 269 mulheres) de 18 a 58 anos de idade. Os participantes tiveram parte das conversas diárias gravadas e depois analisadas. Ao todo, os pesquisadores conseguiram isolar 4.003 fofocas, que representaram cerca de 14% de tudo o que foi conversado.

Três quartos dos comentários foram classificados como neutros. Os negativos (604 comentários) aparecem em segundo lugar, e os positivos foram os menos frequentes (376). As mulheres superaram os homens apenas na categoria "neutra". Só uma pequena parte (369 dos comentários) era sobre alguma celebridade; todo o resto se referia a amigos, colegas ou parentes.

Os mais jovens foram mais propensos a falar mal dos outros do que os mais velhos. E os extrovertidos, como era de se esperar, foram os recordistas em fazer fofoca, seja ela positiva, neutra ou negativa. Já em relação a condições socioeconômicas as diferenças não foram significativas, ou seja, todo mundo fofoca: pobres, ricos e indivíduos com alto nível de educação.

Sobre o autor

Jairo Bouer é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em biologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fez residência em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. Nos últimos 25 anos tem trabalhado com divulgação científica e comunicação em saúde, sexualidade e comportamento nos principais veículos de mídia impressa, digital, rádios e TVs de todo o país.

Sobre o blog

Neste espaço, Jairo Bouer publica informações atualizadas e opiniões sobre biologia, saúde, sexualidade e comportamento.