Estudo associa convívio em gangues com risco maior de suicídio
Jovens que andam em gangues tendem a sofrer mais de depressão e tendências suicidas, e esses problemas pioram com o tempo, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos.
Assim como no Brasil, muitos adolescentes norte-americanos de bairros mais pobres são atraídos por gangues pela promessa de ganhar dinheiro, proteção ou simplesmente pelo prazer de pertencer a um grupo, algo que muitos deles não obtêm em casa ou na escola. Estima-se que naquele país esses grupos contem com mais de 850 mil participantes.
O trabalho, conduzido por pesquisadores das universidades Bowling Green e do Estado de Michigan, avaliou um banco de dados com mais de 11 mil estudantes de ensino fundamental e médio. Os resultados mostram que os adolescentes envolvidos em gangues foram associados a níveis altos de depressão, com aumento de 67% em pensamentos suicidas e de 104% em tentativas de se matar.
Para os autores, pertencer à gangue não traz alívio para os jovens, já que, pelo que foi observado, os problemas mentais que os levaram a procurar esses grupos acabam se tornando ainda mais intenso. Os dados foram publicados na revista Criminal Justice and Behavior.
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