Estudo mostra que noite em claro aumenta o risco de falsa confissão
Pessoas privadas de sono são muito mais propensas a assumir algo que não fizeram, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos. A conclusão, que pode ter repercussão em julgamentos de crimes, também mostra que, após uma noite em claro, é bom tomar cuidado com o que se diz.
A pesquisa foi feita em um laboratório da Universidade do Estado de Michigan, com 88 alunos de graduação. Eles foram convidados a fazer um teste no computador em troca de créditos para o curso. Eles tinham que responder a vários questionários, além de completar exercícios e tarefas. Várias vezes, eles recebiam o aviso de que não poderiam tocar na tecla "Esc", ou então dados importantes do estudo seriam perdidos.
Metade dos participantes fez a prova de manhã, após uma boa noite de sono. A outra metade foi mantida acordada durante a madrugada para completar o teste. Após a jornada, eles tinham que assinar uma declaração com o tempo gasto no laboratório. O documento também continha a afirmação de que eles tinham apertado a tecla "Esc", o que poderia comprometer parte dos dados.
Oito dos 44 estudantes que tinham dormido bem assinaram a "confissão". Já no grupo que passou noite em claro, o número foi bem maior: 22. Aqueles que apresentaram mais sinais de cansaço nas partes do teste que exigiam atenção foram os mais propensos a admitir o erro que não tinham cometido.
Os pesquisadores concluíram que, após 24 horas sem dormir, as pessoas são 4,5 vezes mais propensas a assinar uma confissão falsa. Eles esperam que os resultados tragam à tona a delicada questão sobre o uso da privação do sono em interrogatórios, uma prática comum nos Estados Unidos e em diversos países.
Pelo estudo, publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences e divulgado no jornal britânico The Guardian, dá para tirar outras mensagens úteis para o dia a dia das pessoas, como a de que é sempre melhor evitar discussões sérias depois de uma noite em claro.
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