Diagnóstico precoce é importante para frear infecção pelo HIV entre jovens
O Ministério da Saúde atualizou, neste Dia Mundial de Luta Contra a Aids, os números de infecção por HIV no Brasil e, assim como nos últimos anos, a incidência do vírus na população jovem é um dos principais focos de preocupação.
A taxa de infecção entre brasileiros do sexo masculino de 20 a 24 anos passou de 16 casos para 100 mil habitantes, em 2005, para mais de 30, em 2014. Na faixa anterior, de 15 a 19, a taxa saltou de 2,1 para 6,7.
Entre as garotas, a expansão foi mais lenta – de 3,4 por 100 mil habitantes, em 2005, para 4,2, em 2014. Já entre 20 e 24, a taxa apresentou redução de 15,3 para 12.
Um dos primeiros passos para frear a contaminação é estimular o diagnóstico. Quem se descobre soropositivo cedo tem mais chances de evitar o desenvolvimento da doença e a transmissão para os parceiros. Para facilitar o acesso da população, o Ministério da Saúde anunciou que, a partir do ano que vem, o autoteste para detecção do vírus estará à disposição nas farmácias.
Estudos mostram que a falta de acesso ao exame e o receio de ser identificado em um laboratório ou centro de referência são fatores que fazem os jovens adiar a checagem. Portanto, quanto mais privacidade, melhor. Mas vale lembrar que o resultado do teste caseiro deverá ser confirmado em um serviço de saúde, mais ou menos como já acontece com a gravidez. E os "negativos" terão que ser vistos com cautela, já que pode levar alguns meses até que haja anticorpos suficientes para a infecção ser confirmada.
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