Ansiedade pode passar de pai para filho, e não só por causa dos genes
Um estudo feito com gêmeos mostra que a ansiedade pode ser transmitida de pais para filhos por gerações, e isso não ocorre apenas por questões genéticas. De acordo com o trabalho, as atitudes dos pais ansiosos e superprotetores afetam de forma significativa o comportamento dos filhos.
A pesquisa, realizada por cientistas do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências do King College London, na Inglaterra, e publicada no American Journal of Psychiatry, contou com cerca de 1.000 famílias com gêmeos idênticos e não idênticos na faixa dos 45 anos e com filhos.
Ao comparar sintomas de ansiedade entre crianças e seus pais e comparar os dados aos dos gêmeos, os pesquisadores puderam examinar o papel de fatores ambientais e genéticos envolvidos na questão, de acordo com reportagem divulgada no site do jornal britânico Daily Mail.
A equipe, liderada por Thalia Eley, concluiu que a convivência é um fator-chave para desenvolver ansiedade, e tem um papel até mais importante que a influência genética. Ou seja: ainda que você seja extremamente ansioso, não quer dizer que seus filhos também deverão ser.
O estudo indica que pais muito ansiosos devem ser orientados para minimizar o impacto de sua ansiedade sobre o desenvolvimento da criança.
Em termos práticos, a autora do estudo sugere que, embora a reação comum dos pais seja a de proteger a criança que está ansiosa, pode ser mais útil apoiá-la a tomar certos riscos. E, se as coisas derem errado, explicar que, se ela tentar de novo, pode ser que dê certo, em vez de incentivá-la a fugir da situação.
Isso, segundo a pesquisadora, pode ajudar a criança a compreender que o mundo é um lugar seguro e que é possível gerenciar situações que inicialmente parecem estressantes.
Se para muita gente administrar a própria ansiedade já é um tormento, imagine ainda ter de administrar a do filho? Por isso, em muitos casos, é preciso buscar ajuda de um especialista.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.