Remédio nem sempre resolve a insatisfação sexual do homem
Diversos estudos já demostraram a eficiência de medicamentos para disfunção erétil, como Viagra, Cialis e Levitra. Mas uma pesquisa mostra que os usuários dessas drogas continuam a apresentar insatisfação em relação ao sexo, apesar de terem a atividade sexual aumentada com o tratamento.
O trabalho, feito pela Universidade de Manchester e pelo NatCen Social Research, no Reino Unido, contou com 2.600 homens ingleses com 50 a 87 anos. Quase 10% deles tinham utilizado remédios para disfunção erétil nos três meses anteriores à pesquisa.
Apesar de 80% dos usuários das drogas reportarem melhora, eles relataram níveis mais elevados de preocupação e insatisfação com a vida sexual e afetiva quando comparados com homens sem disfunção erétil.
Os resultados, publicados no International Journal of Impotence Research, mostram que nem sempre a melhora da ereção proporcionada pelos remédios resolve a vida dos homens.
Os pesquisadores sugerem que médicos e pacientes conversem melhor sobre as expectativas do tratamento, e que eventuais problemas psicológicos sejam avaliados nessas consultas e encaminhados para especialistas.
O estudo também constatou que homens com disfunção erétil não tratada apresentam maiores índices de hipertensão e diabetes tipo 2. Ou seja: é possível que muitos homens tenham a vida sexual afetada ao tratar essas doenças e não relatem o problema ao cardiologista ou ao endocrinologista. Vale a pena conversar com o médico sobre o assunto, já que muitas vezes é possível trocar de remédio ou tentar outras abordagens para lidar com o efeito colateral.
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