Hormônio promove vínculo entre os pais, mostra estudo
Quase todo mundo já ouviu falar na oxitocina, hormônio que ajuda a induzir o parto e que reforça os laços afetivos não só entre mãe e filho, como também entre marido e mulher. Agora, cientistas descobriram que outro hormônio, a prolactina, responsável pela produção de leite, também pode ter efeito sobre esses vínculos.
Pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison associaram níveis mais altos dessa substância com atividade sexual aumentada e afagos mais frequentes entre pares de adultos. A comprovação, por enquanto, envolve em um tipo específico de macaco colombiano, que vive em grupos familiares monogâmicos e cujos machos ajudam a cuidar dos filhos, como acontece entre humanos.
A equipe notou que os níveis de prolactina eram mais altos entre os pares que tinham relações sexuais frequentes e se abraçavam mais, e mais baixos nas mães que tinham parado de amamentar, ainda que os filhotes estivessem por perto.
Os resultados, publicados na edição online do PLoS One, reforçam o paralelo entre a oxitocina e a prolactina, e indicam que os hormônios têm papel importante no estilo de vida monogâmico.
Alguns estudos anteriores já tinham observado níveis mais altos de prolactina em homens e outros primatas que cuidam de crianças. Mas os pesquisadores do trabalho atual, do Wisconsin National Primate Research Center, acreditam que o hormônio não seja uma causa para o cuidado parental, e sim uma consequência, ou melhor, uma recompensa para a atenção dos pais.
A noção de que a prolactina e a oxitocina trazem uma sensação de recompensa emergiu há alguns anos, quando um estudo alemão descobriu que ambos os hormônios apresentam picos logo após o orgasmo. A prolactina, por sinal, é conhecida por reduzir o desejo sexual das mulheres que amamentam.
A descoberta reforça a ideia de que adultos com bom vínculo tendem a ser pais mais dedicados para as crianças.
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